"A fotografia é chegar o mais perto possível da vida real, mostrando-nos coisas que normalmente não se vê. Estes são os momentos mais íntimos das pessoas, e às vezes a intimidade é triste" - CORINNE DAY 1965-2010
O trabalho de Corinne Day influenciou imensamente o olhar e a a percepção da fotografia de moda no início dos anos 90 .
Creditada pela a descoberta de Kate Moss e por criar o estilo "waif", Day tinha um olhar mais difícil e afiado para fazer a imagens de moda. De maneira quase documental, na qual não raras vezes incluía elementos autobiográficos, ela registrava retratos francos e íntimos, como as fotografias de Moss, então com 14 anos, no editorial para a revista FACE em 1990.
Em 1993, Day fotografou a mesma modelo em seu próprio apartamento para a British Vogue no editorial Under-Exposure. No contexto de uma revista de moda como a Vogue, as imagens cruas causaram surpresa e desconforto. Depois de severas críticas por conta deste ensaio (se falou até em 'esnobismo anti-glamour'), ela se afastou das publicações de moda - "Eles estão velhos,o que se vê é apenas sobre sexo e glamour, quando existem outros elementos na beleza."
Para os sete anos seguintes, Day gastou muito de seu tempo pessoal tirando fotos para seu primeiro livro, Diary (Kruse Verlag, 2000), um relato pessoal intensamente visual de sua vida e de seus amigos. É por vezes um pouco sombrio e até desesperançoso, mas é também uma crônica poética e honesta de suas jovens vidas.
Corinne Day morreu no ultimo dia 27. Nos últimos anos de sua vida, ela voltou a fotografar para muitas revistas, como Vogue nas suas edições japonesa, italiana e inglesa. Seus trabalhos já foram exibidos na National Portrait Gallery, Victoria & Albert Museum, Tate Modern, Saatchi Gallery, Gimpel Fils London e incluídas na exposição de Andy Warhol, no Museu Whitney, de NY.